Cólica Equina: entenda o que é, sintomas e como tratar


A cólica equina pode acometer aproximadamente 580 mil animais ao longo da vida, exigindo rápida intervenção veterinária
Se tem algo que incomoda o criador de cavalos é chegar ao estábulo e ver o animal rolando no chão, visivelmente desconfortável. O que parecia ser uma simples inquietação, pode ser algo sério: a cólica equina.
ambém conhecida como síndrome cólica ou abdômen agudo, é uma das principais emergências veterinárias em cavalos, sendo a principal causa de morte desses animais.
Ela é responsável por grandes perdas econômicas, exigindo tratamentos clínicos ou cirúrgicos e, frequentemente, afastando o cavalo de suas atividades.
Além disso, o problema pode desencadear complicações adicionais, como laminites, aumentando os custos para os produtores.
O que é cólica equina?
A cólica equina é um termo usado para descrever qualquer dor abdominal em cavalos, sendo uma das condições mais comuns e graves no manejo desses animais.
Sua característica principal é a dor abdominal aguda, que pode ser causada por diversas razões e requer rápida intervenção. Há diferentes tipos de cólica, como:
Cólica gasosa: acúmulo de gás no intestino;
Cólica obstrutiva: bloqueio no trato intestinal, como compactação de alimentos;
Cólica espasmódica: contrações intestinais dolorosas.
Segundo a médica-veterinária Fernanda Ambrosino, da Ceva Saúde Animal, “o sistema digestivo dos equinos tem particularidades anatômicas que os tornam mais propensos a alterações graves que causam cólica, como fermentação de alimentos ou obstruções intestinais”.
Quais são as principais causas da cólica equina?
Diversos fatores podem desencadear a cólica em cavalos. A má alimentação e a ingestão inadequada de alimentos são causas frequentes, já que dietas inadequadas ou mudanças abruptas na alimentação podem causar fermentação excessiva e compactação no trato digestivo.
A presença de parasitas internos também é um fator de risco importante, pois a grande quantidade de vermes pode obstruir ou irritar os intestinos. A desidratação é outra causa comum, pois a falta de água afeta a digestão, aumentando o risco de cólica.
A produção de enterólitos, que são formações sólidas no intestino causadas pela ingestão de alimentos fibrosos ou corpos estranhos, pode levar ao problema.
A falta de exercício físico também contribui para o aumento dos casos, uma vez que cavalos sedentários têm maior probabilidade de desenvolver problemas digestivos.
Como diagnosticar a cólica equina?
O diagnóstico de cólica equina requer um exame veterinário detalhado. Primeiramente, é feito um exame físico para avaliar o grau de dor abdominal. Dependendo da gravidade, podem ser realizados exames complementares como palpação retal, ultrassonografia e análises laboratoriais.
“Uma rápida intervenção busca não apenas atenuar a dor, mas também reduzir a inflamação e a distensão da alça intestinal”, reforça Fernanda Ambrosino.
Sintomas comuns da cólica equina
Os sinais clássicos de cólica incluem:
Inquietação, como deitar e levantar repetidamente;
Rolar no chão ou esticar o corpo de forma contínua;
Falta de apetite;
Sudorese excessiva;
Mordidas no flanco ou tentativas de chutar a barriga.
Estes comportamentos são claros indicativos de dor abdominal e não devem ser ignorados. A detecção precoce dos sintomas é vital para uma resposta eficaz.
Sintomas graves de cólica equina
Em casos mais graves, os sintomas de cólica incluem:
Falta de resposta a estímulos;
Frequência cardíaca elevada e respiração acelerada;
Desidratação severa.
Estes sinais indicam que o estado de saúde do cavalo se deteriorou significativamente e a intervenção veterinária deve ser imediata.
Como tratar a cólica equina?
O tratamento da cólica equina depende da gravidade do quadro. Em casos leves, o manejo clínico é suficiente, utilizando sondagem nasogástrica, anti-inflamatórios, analgésicos e reposição de fluidos.
Já em situações mais graves, a cirurgia pode ser necessária para resolver obstruções ou torções intestinais.
Segundo Fernanda Ambrosino, “o anti-inflamatório de escolha nesses casos é a flunixina meglumina, que ajuda a controlar a inflamação e a dor visceral”.
Fonte: https://agro.estadao.com.br/economia/colica-equina-entenda-o-que-e-sintomas-e-como-tratar
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