DESAFIOS GASTROINTESTINAIS EM EQUINOS: CÓLICA, DESIDRATAÇÃO EESTRATÉGIAS DE FLUIDOTERAPIA PARA SAÚDE EQUINA


Por Marielly de Souza Basílio e Laryssa de Freitas Ribeiro https://revistas.fucamp.edu.br/index.php/getec/article/view/3386/2104
Este estudo visa realizar uma análise abrangente da literatura concernente à cólica equina,
destacando seus aspectos gerais. Os equinos, devido a características anatômicas especializadas
em seu sistema digestivo, são suscetíveis a alterações morfofisiológicas que resultam em
sintomas de dor abdominal intensa, conhecidos como cólica ou abdômen agudo. A síndrome
cólica figura como uma causa frequente de óbito nesses animais, emergindo como uma das
principais enfermidades que demandam atenção veterinária. Os prejuízos econômicos
associados à cólica equina são notáveis, visto que frequentemente resultam em custos elevados,
tanto para o tratamento quanto para a perda dos animais. As principais causas dessa síndrome
incluem problemas digestivos, alterações na dieta, qualidade inadequada da alimentação,
ingestão excessiva de ar, características físicas dos equinos e infestações parasitárias, entre
outros fatores. Diante da gravidade da cólica equina, o diagnóstico precoce desempenha um
papel crucial na melhoria das chances de sobrevivência do animal. Destaca-se a necessidade de
uma abordagem holística, contemplando medidas preventivas, monitoramento adequado e
intervenção veterinária oportuna para mitigar os impactos econômicos e preservar a saúde
desses animais. Este estudo busca fornecer uma contribuição substancial para a compreensão
aprofundada dessa condição crítica, enfatizando a importância da prevenção e do diagnóstico
precoce no contexto da saúde equina.
2.1 Problemas gastrointestinais
Problemas gastrointestinais são uma causa significativa de morte súbita nos equinócios.
Isto pode incluir condições como cólica equina, que se refere a uma série de desvios
gastrointestinais dolorosos. Os clics podem ser causados por obstruções intestinais, torção
intestinal, impactos, inflamação ou mesmo parasitas intestinais. Os equinócios são suscetíveis a
essas condições devido ao seu sistema digestivo sofisticado e anatomias sensíveis.
Segundo Novaes e Credie (2019, p. 28), a espécie equina é suscetível a patologias
gastrointestinais. Entre elas está a síndrome cólica, que se caracteriza por intenso processo de
dor abdominal, desidratação, agitação e alterações comportamentais, além de instabilidade
hemodinâmica moderada a grave que pode levar rapidamente ao óbito do paciente. Esta
condição é considerada uma emergência médica e requer atenção médica imediata.
Distúrbios gastrointestinais como colite são comuns em golfinhos mantidos em aquários.
Isso se deve principalmente à forma como os animais são manuseados na hora da alimentação,
já que os botos passam menos de quatro horas por dia comendo e apresentam altas concentrações
de concentrado, feno e capim não colhido (Brasil, 2017). Melhores técnicas de manejo alimentar
poderão diminuir a incidência de cliques de cavalaria (Brasil, 2017).
Existem vários parâmetros que devem ser avaliados, incluindo: grau de dor, distensão
abdominal, frequência cardíaca, características da respiração e do pulso, cor das membranas
mucosas, tempo de pré-preenchimento capilar, temperatura real, motilidade gastrointestinal,
refluxo gástrico, sensibilidade à palpação, hematócrito, concentração total de proteínas
plasmáticas e concentração de fibrinogênio; também a ultrassonografia trans abdominal
(Amaral; Froes, 2014).
O objetivo do tratamento é hidratar ou lubrificar suficientemente o material para que o
intestino possa fazer com que ele diminua de tamanho e depois seja removido pela motilidade
gastrointestinal normal (Ferreira et al., 2009). A maioria das compressões responde ao
tratamento clínico focado na restrição alimentar, controle da dor, hidratação dos sucos
gastrointestinais, manutenção da hidratação e redução dos espasmos musculares intestinais na
região afetada (Ferreira et al., 2009).Em geral, para qualquer tipo da colite, a distensão
progressiva do estômago e intestino causada pelo sequestro de líquidos, alimentos e gases, desencadeada por bloqueio funcional e pela incapacidade do conteúdo do estômago ser
regurgitado, pode ser a causa da podridão estomacal ou intestinal (MCmurray, 2016).
2.2 Desidratação
O processo de desidratação em animais é muitas vezes silencioso, podendo muitas vezes
esconder problemas mais profundos, indicando sinais de doenças mais graves. As perdas de
água podem ocorrer por meio da eliminação de urina, fezes e secreções corporais que não
evaporam são consideradas perdas sensíveis, em que é possível a visualização. Já as perdas
insensíveis acontecem pela perda do vapor da água, por exemplo, no ar expelido (Reece; Dukes,
2017).
A desidratação afeta as funções biológicas dos organismos, levando a baixa eficiência de
proteínas. A água no organismo possui função essencial no controle dos íons e minerais do
organismo.
A pressão oncótica acontece devido à presença de proteínas plasmáticas e serve para
manter os constituintes do fluido no sangue, dentro dos vasos (Domingues,2020). A pressão
hidrostática, tende a encaminhar o fluido do interior do vaso para o meio intersticial. O balanço
entre essas pressões faz com que uma pequena quantidade de fluido migre para o interstício,
retornando depois para o interior do vaso por meio dos vasos linfáticos (Strunden et al., 2011).
Segundo o site Canal Pet os sintomas de desidratação em incluem: Gengivas e língua
seca, olhos secos ou saltados, apatia, perda de peso, perda de apetite, respiração ofegante,
batimentos cardíacos acelerados e falta de elasticidade da pele.
2.3 Fluidoterapia
A fluidoterapia veterinária consiste em um procedimento em que é feita a administração
de fluidos pelas vias oral, intravenosa e subcutânea (Tradevet, 2020). Essa prática envolve
etapas de reanimação, reidratação e manutenção do paciente.
O procedimento é aliado na solução de casos de desidratação e como forma de
suplementação nutricional via venosa em casos de pacientes que apresentam anorexia parcial
devido a alguma doença. Para que a suplementação venosa seja realizada de forma eficiente,
deve-se calcular as necessidades diárias do paciente podendo ser variáveis de acordo com a
idade, porte, raça e peso Segundo Benesi e Kogika (2017), é necessário frisar que, o volume de água sempre
precisa ser considerado nos cálculos de reposição dos eletrólitos ou de base (bicarbonato). O
déficit total do eletrólito é o resultado do déficit do eletrólito (valor esperado subtraído pelo
valor mensurado) e a dimensão do fluido extracelular que se mede pelo peso (Kg).
4 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Após o estudo, é possível concluir que as diversas causas do quadro da síndrome cólica
devem ser levadas em consideração no diagnóstico e tratamento do quadro para revertê-lo.
Inúmeros fatores, incluindo perda excessiva de peso, alimentação excessiva, manejo
inadequado do tratamento, parasitas, gases e outros, podem causar essa síndrome.
A saúde dos equinos envolve um conjunto complexo de considerações, desde o
reconhecimento precoce de problemas gastrointestinais até a escolha adequada de terapias de
fluidoterapia. A colaboração entre investidores e veterinários desempenha um papel crucial na
prevenção e no tratamento eficaz de condições que podem levar à morte súbita em equinos. A
compreensão das necessidades individuais de cada paciente e a aplicação de cuidados
personalizados são essenciais para garantir a saúde e o bem-estar desses majestosos animais.
O diagnóstico precoce por meio de exames físicos, testes clínicos e a aquisição de
medidas rápidas e eficazes são pré-requisitos para o avanço da saúde e do bem-estar do animal.
Sempre, a prevenção é preferível à cura. Por conta disso, um animal que tenha consumido cólica
torna-se incapaz de realizar suas atividades normais, resultando em prejuízos financeiros e
morais. Também pode ter complicações graves e ocasionalmente morrer.
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